Arte do Nosso Povo

José Maria Murça e Dona Joeliza

Artesão, pessoa que respira criatividade, e possui a experiência de quem carrega a cultura nas mãos, seus olhos vêem no dia a dia inspiração para o seu trabalho.

Conhecer lugares e pessoas é das experiências, as que mais aprecio, hoje conheci mais de perto o casal José Maria Murça e sua adorável esposa Dona Joeliza, pessoas maravilhosas que são para nós exemplos de vida, ambos são artesãos cada um há seu modo. O amigo José Maria mostra seu trabalho com alegria e demonstra que não se deixa vencer pelas adversidades, que para ele é apenas algo mais a ser agregado ao seu trabalho.

Trabalho esse que ultrapassa os limites do tempo, os seus olhos vêem o mundo como matéria prima e cenas cotidianas são representadas com maestria em sua arte. Pessoas como Zé Maria (carinhosamente assim conhecido) e D. Joeliza são verdadeiras guardiões da tradição e do saber popular dos mineiros.

O casal que tem 52 anos de casados e teve 06 filhos e até então 14 netos. e esbanjam felicidade e satisfação, são alegres, despojados e transmitem muita paz e perseverança.

Vieram de Grão Mogol para Capitão Enéas no inicio da década de 70, eram comerciantes e aqui resolveram ficar. Junto-se aos seus dois irmãos que vieram antes e em pouco tempo já havia aqui 07 irmãos de uma família de 11 (João, Adão, Zé Maria, Geraldo, Alfeu, Gerson e Jair) todos comerciantes em nossa querida Capitão Enéas e segundo Zé Maria esta era uma terra excelente para o comércio e ele é muito agradecido ao povo eneapolitano porque foi aqui que ele criou os seus filhos e prosperou.

O Sr. Zé Maria é um artesão que recria o mundo a toda hora, o mais impressionante são as ferramentas usadas para tal feito, com suas mãos habilidosas utiliza apenas uma pequena faca para tachar a madeira. Acreditem! Apenas uma pequena faca.

Sua dedicação produz a beleza e o sucesso que ele compartilha com todos à sua volta. Através do sorriso de satisfação  apresenta cada uma de suas obras, que trazem consigo narrativas que o espirou no ato de esculpir, os personagens tem nomes e estão dentro do contexto  cotidiano. Resguardo me de tentar narrar tal estórias, acredito que as narrativas fazem parte da arte que só o seu autor faz com propriedade e emoção. 

Aqui apresento as cenas representadas pela arte na madeira. E que todos os seus descendentes e amigos sintam orgulho deste geraiseiro apaixonado pela arte e pela vida. Sentimos orgulho de vocês amigos.

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