sexta-feira, 13 de janeiro de 2012


Resgatando Nossa História II
Onde tudo começou

O bairro Santo Antônio entra para a história da nossa cidade como um marco de origem do desenvolvimento, sendo que, sai na frente implantando a primeira feira livre, abrindo as portas para o desenvolvimento comercial, e o crescimento da economia daquela época a qual atraia pessoas de várias regiões a se integrarem no comercio local.

É importante destacar a indispensável contribuição do pedreiro Pernambuco que além de pedreiro era uma espécie de engenheiro, no qual efetivou a construção de importantes obras que marcaram a história desse bairro. Em obras que existem até os dias de hoje, como a igreja, o antigo cimentão ou mercado, o cinema que mais tarde passa a ser primeiro posto de saúde da cidade, e as principais residências do citado bairro. E claro que algumas já passaram por reformas e outras se perderam.

         O bairro foi o primeiro a contemplar a luz elétrica e a água encanada, que era armazenada em caixas e depois enviada para chafariz. Foi também o primeiro a proporcionar condições de emprego para a população, efetivando ali a construção e funcionamento de uma fábrica de farinha.

Em relação aos meios de comunicação, lazer e entretenimento, é necessário frisar que foi o pioneiro criando e trazendo o primeiro cinema, a primeira televisão, o primeiro rádio, o primeiro telefone e a primeira exposição e vaquejada, sendo ela também a primeira vaquejada que aconteceu no estado de Minas Gerais em setembro de 1969.

         Faz-se necessário saber que tudo isso chegou neste bairro através do senhor Adão da Rocha, homem bastante viajado integrado, dinâmico e disposto a buscar e implantar o progresso. Inspirado na cidade de Montalvânia na qual, em uma de suas viagens, descobre o telefone, o carneiro hidráulico, e a feira livre. Procurando saber como funciona e o que para adquirir. De posse de tais dados, ele vê a possibilidade de trazer para o município essa inovações.

A primeira televisão foi adquirida em Jundiaí São Paulo, os moradores do bairro se associaram para adquirir o aparelho tendo um responsável para cuidar e manuseá-lo, ela era levada todas as noites para onde funcionava o mercado e toda a comunidade podia assistir inclusive os moradores do centro e do bairro Sapé que era vizinho.

 O primeiro rádio veio do Rio de Janeiro, a luz elétrica o Capitão quem trouxe para tocar o seu engenho, era uma grande novidade, o senhor Adão pediu para o Capitão, e o mesmo cedeu. O cinema comportava mais ou menos oitenta pessoas tinham seus filmes adquiridos na cidade de Janaúba, os filmes eram sempre de vaquejadas, de humor, mais precisamente Mazarrope, Bocais, Grande Otelo e outros. Bons tempos! Vinha pessoas de todas as partes da cidade para divertir-se e apreciar a beleza do cinema, eram cobrados ingressos, e funcionava geralmente aos sábados á noite e domingo à tarde.

         Adão da Rocha Pinto, homem visionário e arrojado em tudo que fazia, buscava estar à frente dos acontecimentos da sua época, fazia tudo sem medo de se arriscar. A primeira vaquejada foi inspirada na vaquejada de Palmeiras dos Índios no estado de Alagoas. A vaquejada, e “exposição” foi cenário de grandes atrações artísticas, culturais e econômicas, não só da cidade, mas de toda região, sendo que contava com a participação de artistas, baianas, titias, vaqueiros, danças, comidas típicas de outras regiões do país, e uma infinidade de atrações. Economicamente o comércio deu uma grande alavancada.

Para os comerciantes era período de intensa agitação no mercado consumidor. O primeiro parque de exposição se localizava onde hoje é a copasa. A primeira escola do bairro, hoje é a atual Escola Municipal Jacinto Silveira Neto, tendo como primeira professora Inácia Bezerra. Anos depois o Prefeito Djalma Marque de Abreu efetua a primeira reforma na referida escola e o prefeito Jacinto Landulfo Teixeira (Tim) reforma a atual praça Adão da Rocha.

         O bairro já foi agraciado por uma padaria de propriedade do senhor David Lopes e por uma creche mantida com recursos com recursos da visão mundial ( EUA ). Apesar de não se ter mais o cinema, a vaquejada, o mercado e a feira livre, o bairro se encontra hoje bem estruturado, possuindo o mesmo posto de saúde ampliado reformado e em outro lugar. A mesma praça, a mesma igreja, a mesma escola, porém todos reformados e ampliados e ampliados, uma grade parte do bairro asfaltada, uma fábrica de produtos de laticínios, a copasa, e uma creche mantida pela prefeitura.

Bibliografia

José Beba, Dona Noeme, Dona Genera, Corujinha, Adão da Rocha. 
II parte do documentário por Rita de Cássia.

7 comentários:

  1. É uma pena uma história dessa ser ignorado hoje pelo poder públio acreditando que é por pura perseguição politica, simplismente porque este prefeito que está ai não foi majoritário neste bairro, esta aí a resposta para o descaso com a avenida Adão Dácio Souto.

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  2. ADÃO ROCHA, VOCÊ É UMA LENDA VIVA, OBRIGADO POR TUDO QUE FEZ POR NOSSA CIDADE.DEUS DÊ VOCÊ MUITA SAÚDE...

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  3. pena que o povo nao tem memoria,e o asfalto ai citado nao existe mais,o povo sofre na epoca da chuva,buracos e mais buracos,causam acidentes,quebra peças de motos e carros esta caotica a nossa situaçao

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  4. Mostrar tudo que já foi realizado por este Homem chamado Adão Rocha, da para sentir orgulho de se eneapolitano. Lamentamos o fato de não ser reconhecido pelo poder publico da forma que realmente merece. Acredito que não só Dona Naná,Sr. Jacinto e o Sr Ricardo Vicenttin merecem ser homenagiados em vida. Está faltando uma Homenagem a altura por tudo que o Sr. Adão reprepresenta para todas as classe sociais de nossa cidade. Homem de integridade, respeito, força, visão futuristica, povoador de lugares esquecidos, desbravador, empreendedor, e se for relacionar todas passaremos dias e não seremos capazes de descrever todas suas qualidades. Gerlice vc está de parabéns e todos os que contribuiram para a realização desta materia.

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  5. Rita de Cássia Ferreira dos Santos16 de janeiro de 2012 às 23:14

    Está história é verídica e foi pesquisada em março 2007, por mim, pela professora de geografia Teca, e a professora de História Maria da Conceição, como parte de um trabalho realizado em nossa escola. Escola |Municipal Jacinto Silveira Neto, conversar com o Senhor Adão da Rocha para escrever o texto foi uma verdadeira viagem ao passado, nos emocionamos bastante como ele narrou o fato de como tudo começou,conviver com Senhor Adão da Rocha presente hoje em nosso meio é um verdadeiro milagre, é uma grande benção de Deus, pois muitos sabem o horrivel acidente ou seja assalto que ele sofreu, a forma como ele nos recedeu em sua fazenda para a pesquisa, isto bem antes deste incidente muito nos supreendeu foi um verdadeiro cardápio de informações, e de uma recepção extremamente calorosa, o mesmo aconteceu com a gente na casa de seu Zé beba, dona Noeme e da saudosa Dona Genera que hoje infelizmente não se faz presente mais em nosso meio, como professora de História tenho interressado bastante pelo resgate e valorização da nossa história em especial das pessoas mais velhos que conhecem nossas raizes e como tudo começou. agradeço de coração a todos que nos prestaram essas informações, não podendo esquecer também de mecionar o nome de seu Arnaldo de Bica, Curujinha, João Cordeiro, e Pernabuco.

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  6. Boa noite pessoal! Solicito informação sobre a família Rocha de Capitão Enéas. Meu Avô se chamava Antônio Gonçalves da Rocha (Miúdo), ele era primo do Adão Rocha, Camilo da Rocha, Crispim da Rocha. Na verdade gostaria de saber sobre Josefina da Rocha, que acho que era irmã do Pai do Adão, preciso desses dados para minha árvore genealógica. Meu e-mail é: Rodrigoboole@gmail.com e meu cel/whats é: (31)993769399.
    Abraços
    Rodrigo

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