Resgatando Nossa História II
Onde tudo começou
O bairro Santo Antônio entra para a história da nossa cidade como um marco de origem do desenvolvimento, sendo que, sai na frente implantando a primeira feira livre, abrindo as portas para o desenvolvimento comercial, e o crescimento da economia daquela época a qual atraia pessoas de várias regiões a se integrarem no comercio local.
É importante destacar a indispensável contribuição do pedreiro Pernambuco que além de pedreiro era uma espécie de engenheiro, no qual efetivou a construção de importantes obras que marcaram a história desse bairro. Em obras que existem até os dias de hoje, como a igreja, o antigo cimentão ou mercado, o cinema que mais tarde passa a ser primeiro posto de saúde da cidade, e as principais residências do citado bairro. E claro que algumas já passaram por reformas e outras se perderam.
O bairro foi o primeiro a contemplar a luz elétrica e a água encanada, que era armazenada em caixas e depois enviada para chafariz. Foi também o primeiro a proporcionar condições de emprego para a população, efetivando ali a construção e funcionamento de uma fábrica de farinha.
Em relação aos meios de comunicação, lazer e entretenimento, é necessário frisar que foi o pioneiro criando e trazendo o primeiro cinema, a primeira televisão, o primeiro rádio, o primeiro telefone e a primeira exposição e vaquejada, sendo ela também a primeira vaquejada que aconteceu no estado de Minas Gerais em setembro de 1969.
Faz-se necessário saber que tudo isso chegou neste bairro através do senhor Adão da Rocha, homem bastante viajado integrado, dinâmico e disposto a buscar e implantar o progresso. Inspirado na cidade de Montalvânia na qual, em uma de suas viagens, descobre o telefone, o carneiro hidráulico, e a feira livre. Procurando saber como funciona e o que para adquirir. De posse de tais dados, ele vê a possibilidade de trazer para o município essa inovações.
A primeira televisão foi adquirida em Jundiaí São Paulo, os moradores do bairro se associaram para adquirir o aparelho tendo um responsável para cuidar e manuseá-lo, ela era levada todas as noites para onde funcionava o mercado e toda a comunidade podia assistir inclusive os moradores do centro e do bairro Sapé que era vizinho.
O primeiro rádio veio do Rio de Janeiro, a luz elétrica o Capitão quem trouxe para tocar o seu engenho, era uma grande novidade, o senhor Adão pediu para o Capitão, e o mesmo cedeu. O cinema comportava mais ou menos oitenta pessoas tinham seus filmes adquiridos na cidade de Janaúba, os filmes eram sempre de vaquejadas, de humor, mais precisamente Mazarrope, Bocais, Grande Otelo e outros. Bons tempos! Vinha pessoas de todas as partes da cidade para divertir-se e apreciar a beleza do cinema, eram cobrados ingressos, e funcionava geralmente aos sábados á noite e domingo à tarde.
Adão da Rocha Pinto, homem visionário e arrojado em tudo que fazia, buscava estar à frente dos acontecimentos da sua época, fazia tudo sem medo de se arriscar. A primeira vaquejada foi inspirada na vaquejada de Palmeiras dos Índios no estado de Alagoas. A vaquejada, e “exposição” foi cenário de grandes atrações artísticas, culturais e econômicas, não só da cidade, mas de toda região, sendo que contava com a participação de artistas, baianas, titias, vaqueiros, danças, comidas típicas de outras regiões do país, e uma infinidade de atrações. Economicamente o comércio deu uma grande alavancada.
Para os comerciantes era período de intensa agitação no mercado consumidor. O primeiro parque de exposição se localizava onde hoje é a copasa. A primeira escola do bairro, hoje é a atual Escola Municipal Jacinto Silveira Neto, tendo como primeira professora Inácia Bezerra. Anos depois o Prefeito Djalma Marque de Abreu efetua a primeira reforma na referida escola e o prefeito Jacinto Landulfo Teixeira (Tim) reforma a atual praça Adão da Rocha.
O bairro já foi agraciado por uma padaria de propriedade do senhor David Lopes e por uma creche mantida com recursos com recursos da visão mundial ( EUA ). Apesar de não se ter mais o cinema, a vaquejada, o mercado e a feira livre, o bairro se encontra hoje bem estruturado, possuindo o mesmo posto de saúde ampliado reformado e em outro lugar. A mesma praça, a mesma igreja, a mesma escola, porém todos reformados e ampliados e ampliados, uma grade parte do bairro asfaltada, uma fábrica de produtos de laticínios, a copasa, e uma creche mantida pela prefeitura.
Bibliografia
José Beba, Dona Noeme, Dona Genera, Corujinha, Adão da Rocha.
II parte do documentário por Rita de Cássia.