quinta-feira, 21 de julho de 2011


Você certamente já ouviu dizer algo sobre a 
indústria da seca

Trata-se de um fenômeno político segundo o qual os gestores e seus aliados políticos nas diversas esferas de governo utilizam a seca para angariar recursos públicos a pretexto de combatê-la. Este mesmo argumento da seca é utilizado para não pagarem as dívidas contraídas. Desta forma, os recursos governamentais destinados ao combate à seca não atingem a população que é mais castigada, beneficiando às elites locais. Como conseqüência, políticas mais eficazes são proteladas, uma vez que é do interesse de muitos a eternização do problema. Junto à isto, está o voto de cabresto, no qual as mercadorias vindas do governo federal em prol da seca são desviadas e usadas pelos "industriais da seca", para comprar votos. 
Os “industriais da seca” se utilizam da calamidade para conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de crédito e perdão de dívidas valendo-se da propaganda de que o povo está morrendo de fome.
Assim a situação segue. Perpetuada antes pelo fenômeno político da chamada “indústria da seca” do que pelo fenômeno natural da “seca” em si, a tragédia que atinge grande parte da região nordeste brasileira e parte da região norte de Minas Gerais costuma ser utilizada (e supervalorizada) para justificar a fome e o subdesenvolvimento econômico e social da região que são, nada mais, do que o reflexo de uma administração duvidosa que faz fracassar qualquer tentativa de reverter este quadro com o intuito de fazer perdurar o modelo de poder vigente.

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