domingo, 11 de agosto de 2013

Papai
Existe um homem que se esmera no comprimento do dever para dar bom exemplo: Que fica humilde, quando poderia se exaltar. Que chora à distancia, a fim de não ser observado.

Que com o coração dilacerado se embrutece para se impor como um juiz inflexível. Que na ausência usam-no como temor para evitar uma ação menos correta. Que quase sempre é chamado de desatualizado. Que apenas fisicamente passa o dia distante, na labuta, por um futuro melhor.

Que ao fim da jornada avidamente regressa ao lar para levar muito carinho e, às vezes, pouco receber. Que está sempre pronto a ofertar uma palavra orientadora ou relatar uma atitude benfazeja que possa ser imitada.

Que muitas vezes passa noites mal dormidas a decifrar os segredos da vida, quando extenuado, ainda consegue energias para distribuir energias.

Que é tão humano e sensível, por isso, normalmente, sente a ausência do afeto que lhe é dado raramente e de forma pouco comunicativa.

Que vibra, se emociona e se orgulha pelos feitos daqueles que tanto ama. Esse homem, geralmente, se agiganta e passa a ser o valor inexorável quando deixa de existir para sempre.


Nunca perca, pois, a oportunidade de devotar muito carinho e amizade àquele que é seu melhor amigo: SEU PAI.

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